Colunista – Silvia Patrícia Mann ( Pati )
“Somos todos iguais perante a lei” SERÁ?
Uma notícia que deve ser comemorada foi assunto há alguns dias: A punição por um crime de ódio.
Há sete anos, em 2017, o caso de racismo sofrido por uma criança de 4 anos, filha de dois atores famosos, foi um episódio que chamou a atenção do Brasil e trouxe à tona a persistência do racismo na sociedade. A menina negra em questão foi adotada pelo casal na África, uma adoção inter-racial e foi alvo de comentários racistas nas redes sociais, onde uma mulher, socialite, fez declarações ofensivas sobre a aparência da criança.
A repercussão do caso foi imediata, e os pais famosos, decidiram tomar medidas legais contra a agressora, que acabou sendo processada por injúria racial. Mas é surpreendente que, mesmo o caso acontecendo em 2017 e apenas em 2021 os pais conseguiram formalizar a denúncia.
Esse incidente não apenas evidenciou o preconceito ainda enraizado na sociedade brasileira, mas também mobilizou uma ampla discussão sobre racismo, adoção inter-racial e a importância de combater o discurso de ódio.
O caso serviu como um triste lembrete de que o racismo ainda é uma realidade enfrentada por muitas pessoas no Brasil, incluindo crianças. No entanto, também mostrou que a luta contra o preconceito pode ganhar força quando figuras públicas utilizam sua voz para defender os direitos humanos e promover a igualdade.
Os pais afirmam que esse é primeiro caso de prisão em regime fechado no Brasil em uma denúncia de racismo marcou um importante avanço na luta contra a discriminação racial no país. Este fato histórico, onde a mulher foi condenada a oito anos e nove meses de reclusão por cometer esse crime.
O caso teve grande repercussão, pois evidenciou que o racismo, não acontece apenas com pessoas comuns, pobres que ninguém “vê”, jogadores de futebol. Os pais famosos trouxeram visibilidade para a questão e contribuíram para conscientizar a sociedade sobre a gravidade do racismo e a importância de denunciar crimes de ódio.
A prisão em regime fechado como consequência de um ato de racismo é um passo importante para garantir que o Brasil avance na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e respeitosa, onde todos possam viver livres de preconceito e discriminação.
Afinal, se perante a lei de Deus e dos homens somos todos iguais, o que dá a alguém o direito de ofender outra pessoa por qualquer razão que seja?