Coluna Políticas Públicas e Sociais: Projeto Querino

Colunista Social-Everton Vila ( VEVI )

Incrível e estranhamente os séculos XV ao XIX devem estar voltando, estão na moda ou ainda, remodelados. As ideias renascentistas, humanistas e iluministas parecem aflorar atualmente, muito embora a imensa maioria das pessoas sequer saiba ou tenha algum contato com essas propostas chatas dos pensadores de séculos passados e, mesmo, somente devem interessar a estudantes de história e filosofia. O papo é que mesmo não sabendo dessas propostas elas revolucionaram o mundo e nos trouxeram até os dias de hoje, onde as opiniões a respeito de políticas, economia e organização social, ainda que desembocadas, trazem no vento um discurso historiográfico, cheio de teses primorosas sobre os indivíduos comuns, pensantes e construtores de suas próprias histórias.

Não julgue, sapiente leitor(a), minha escrita um tanto metódica e enfadonha, quero apenas dizer que somos desprendidos em nossas idiossincrasias e todas essas teses anteriores aos séculos XXI e XX, serviram para formarmos nossas sociedades democráticas e que ainda seguem constantes e podem modificar-se dependendo do contexto de seus governos, de diversidades étnicas, libertárias e livres, quer dizer, livres nem tanto.

Quando as rotas comerciais europeias ficaram limitadas por várias causas,
especialmente devido aos interesses turcos, o mercantilismo abriu espaço para as grandes navegações, a consequência disso foram os descobrimentos de continentes, o avanço do comércio capitalista, acúmulo de riquezas nas colônias e os massacres aos nativos continentais e ao povo africano, aliás e fique claro, esses massacres seguem tão fortes e violentos quanto os que ocorriam antes, no entanto, agora são dentro da lei, da dissimulada pacificidade e do escárnio moralista social.

Convido-os para ouvirem, no spotfy, um podcast chamado Projeto Querino, é uma série sensacional e nada sensacionalista, contando de uma maneira
verdadeira e na perspectiva do oprimido e não do opressor, o modo de vida das pessoas que desembarcaram dos navios negreiros para “trabalhar e constituir família no Brasil”, também há uma ligação temporal com os dias de hoje e os massacres que sofrem essas pessoas, bem como os lugares ocupados por elas na sociedade, com pouco e nenhum lugar de debate, sem genealogia de ancestralidades e por consequência, sem histórico de começo familiar.

O Projeto Querino escancara uma verdade histórica e deve ser conhecida por
todos os brasileiros, pois ele balizará suas opiniões. São fontes históricas que fazem isso acontecer, realidades vivenciadas e jamais serão postas por seres arrogantes e estereotipados. Existem várias perspectivas de enxergar um mesmo tema, é coerente olhar sobre óticas diferentes.

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