Coluna Esportiva-Maio de 2022

GRÊMIO

Colunista Esportivo- Fernando Luiz Signori

Era previsto, mas não assim

O rebaixamento de um time da série A para uma série B é de um dano extremamente avassalador, sendo que para novamente se obter sua recuperação e voltar a ter sustentabilidade leva muito tempo. Assim foi em 1991, em 2004 e no ano passado, como também foi para outros clubes de patamar elevado no futebol brasileiro.
As consequências além de morais e sentimentais se fixam na tragédia financeira e na instabilidade que geram prejuízos irreparáveis ao clube e para nós gremistas no momento há a insegurança, o ódio, a raiva, a descrença diante de um clube que ao contrário dos outros rebaixamentos está disputando uma série B com “saúde” nas finanças e que se olharmos os demais times que estão na série A, jamais diríamos que nós fomos rebaixados no ano passado.
Assunto este já destacado muitas vezes, pois somos sabedores de que uma série B muda de patamar, seja ele financeiro, logístico, de competitividade e como já diz “A” não é “B” e vice-versa. O revoltante disso tudo é que nossa direção continua atrapalhada, soberba e inerte diante da campanha que estamos tendo. É sem dúvida a grande responsável do rebaixamento e dessa pífia campanha que muito nos envergonha. O elenco é fraquíssimo, com raras exceções, são uns acomodados, sem garra, sem “voia” e quando tira os denominados cascudos e coloca a gurizada o que se vê é um festival de erros e finalizações sem sucesso algum. Já o treinador Roger, está tentando dar uma cara ao time, e a cada jogo parece que as soluções estão cada vez mais distante.
Que seria difícil disputar uma série B, qualquer um sabia, mas jogar do jeito que estamos jogando, o que se tem a dizer é de que será um martírio, e que brevemente deverá haver mudanças na direção e reformulação de elenco para poder quem sabe figurar no G4, porque do jeito que está, o mais provável é permanecer numa divisão inferior e aí o bicho vai pegar.
Se liga Grêmio, se coloca no teu lugar atual, faça renascer a garra tricolor e principalmente lute para novamente sermos grandes.

INTERNACIONAL

Colunista Esportivo-Daniel Potrich Barzotto

Time limitado

Apesar do bom início de trabalho do técnico Mano Menezes, os problemas começaram a aparecer. O time acaba se limitando a alguns jogadores, e quando esses não podem jogar, o time apresenta problemas.
Parece que a curto prazo o problema das laterais foi resolvido, com a chegada do Bustos e do Renê. Moisés, apesar de ter renovado seu vínculo com o Inter, não tem condições de ser titular. E o pior, como já descreveu o comentarista Potter: o jogador ruim não pode estar no plantar, pois uma hora ele entrará em campo e provavelmente irá comprometer.
Na zaga, Bruno Mendes vinha sendo a solução, mas seu vínculo no Beira Rio está se encerrando. Moledo voltou para zaga para não sair mais, com atuações espetaculares. Porém, nova lesão o afastou dos gramados. Vitão, jogador de futebol europeu, vem mostrando que pode ser titular, mas seu contrato curtíssimo acaba preocupando.
No meio de campo, ainda não contamos com Taison. O camisa 7 está em fase final de recuperação e possivelmente jogará na próxima terça contra o 9 de Outubro pela Sul-Americana. A boa notícia foi a estreia de Alan Patrick. O novo camisa 10, além de jogar bem, marcou um gol. De Pena e Wanderson também estão jogando bem e viraram titular do time de Mano.
Um problema que voltou a ser questionado, são as atuações do goleiro Daniel. Nos últimos jogos não demostrou segurança e muitos apontam o gol de falta assinalado por Valdívia, falha do arqueiro colorado. E o tão ovacionado Alemão, acabou virando reserva. É um bom jogador, mas que ainda precisa ser lapidado.
No campeonato Brasileiro, depois de aparecer no G4, o Inter acabou caindo para o meio da tabela pelos quatro empates consecutivos. Já na Sul-Americana, o colorado está há um empate da próxima fase. Jogaremos no Beira Rio contra o 9 de Outubro na próxima terça-feira. Em caso de derrota, o adversário da noite se classifica e o Inter encera sua participação.
Mas será um jogo com a volta dos titulares e sabemos que nesses jogos os jogadores crescem em campo. Provavelmente será uma noite com o Beira Rio recebendo um grande público que empurrará o time para cima do adversário. No jogo de ida no Equador, o placar ficou empatado em 2 a 2.