GRÊMIO
Pesadelo sem fim
A cada coluna esportiva escrita, sempre apostei que sairíamos desta tão desesperadora zona de rebaixamento, que logo tudo se restabeleceria numa tranquilidade de poder sobreviver na Série A de 2022. Porém, infelizmente, começo a me deparar com a situação de que, ou eu não entendo mais nada de futebol, ou infelizmente nosso tricolor por uma questão de tempo assinará o atestado de óbito de um time grande.
É duro como torcedor ver que a cada jogo o que poderia ser a esperança ou sonho ameno e alegre de poder figurar numa zona de Libertadores e Sul Americana, nada mais é do que um pesadelo daqueles que não tem fim. Dura realidade de um time que reinou no Estado, País e América com títulos, toque de bola e chegando sempre entre os primeiros. Ao contrário disso, lá se vai um turno, reinicia outro e não saímos do Z4.
Triste é ver nosso clube com superávit, salários em dia, grandes vendas (o que nos é passado) e um futebolzinho de várzea nos gramados, um Presidente que parecia ser o melhor gestor do país, cogitado para concorrer ao Governo do Estado, administrador, ídolo da torcida, hoje é taxado de vilão, irresponsável, sem atitude entre outros termos.
O vestiário era comandado por Renato, com o grupo na mão, hoje o que se ouve é de que os jogadores pedem a saída de Felipão (segundo treinador que mais treinou o Grêmio – 284 partidas) multicampeão e respeitado mundialmente, mas que não está conseguindo fazer nada ou quase nada para salvar o Grêmio. Se joga com três volantes é retranqueiro e ultrapassado, se retira um volante, o meio campo vira uma avenida e a certeza de gols. Lamentavelmente, nos últimos três jogos só um ponto e olha com quem jogamos… triste relatar isso, mas quem poderá salvar a história de 118 anos? Campaz (reserva), Borja (machucado), Vilassanti (seleção), Diego Souza (fora de forma), Churin (não sei porque veio), Everton (fake), Diogo Barboza e Cortez (em fase de aprendizado de como jogar, professor lateral direito Rafinha) Jeanpierre (nasceu cansado), Alison (poucos gostam) Douglas Costa (só de amor ao clube não adianta), Kannemann e Geromel (ficaram para a história) e assim por diante.
O pesadelo continua…temos 16 rodadas para acordar e ganhar 7, bah…só ganhamos 06 em 23 rodadas…
Enfim, estamos com os dias contados, com a corda no pescoço, com a sepultura pronta, mas resta ainda acreditar que milagres sempre existem, que somos grandes e que teremos que apelar para todos as crenças possíveis, porque futebol do Grêmio é estarrecedor. Estamos rumando pela terceira vez a uma série B, e aí o dinheiro se vai, as cotas de TV diminuem consideravelmente, os negócios são olhados de outra forma e se leva mais 10 anos para voltar a ser Grande. Acabe logo indigesto pesadelo…
INTERNACIONAL
Equipe limitada…
Mesmo depois de bons resultados que deixaram o time na ponta de cima da tabela, voltamos a ter problemas. Contra o líder do campeonato, o Inter jogou muito no primeiro tempo e cansou na segunda etapa.
Com a possibilidade de cinco substituições, Aguirre usou apenas uma opção. Mandou a campo o sem ritmo Guerrero depois que já estamos perdendo o jogo. O técnico foi muito criticado por não trocar alguns jogadores cansados, na qual concordo que deveria ter renovado as energias da equipe.
Porém, no último jogo, o Inter enfrentou o Ceará com vários desfalques. E os reservas foram escalados. Nesses jogos percebemos que alguns jogadores promissores não são escalados porque não estão em boa fase. Quando recebem oportunidades não correspondem.
Entretando as oportunidades são poucas. Até porque o que faz o crescimento técnico de jogadores é a sequencia. E é admirável que certos atletas não saem do time. Moisés é muito limitado. É escalado baseado na sua força e vontade, porque a sua habilidade e técnica são limitadas.
Com a entrada do Lindoso o time foi ajustado, e conseguimos uma boa sequencia. Porém esse jogador apenas ajuda na marcação e libera outros jogadores. Com a escalação de mais um marcador, Edenilson e Taison acabam tendo mais liberdade para atacar. Porém, contamos com um jogador jovem com convocação na seleção americana. Johnny teve alguma oportunidades e sempre entrou bem, mas por teimosia do técnico, dificilmente é opção.
Mas vamos falar de coisas boas do nosso colorado. Provável que para domingo Taison e Cuesta retornam ao time que enfrentará a lanterna Chapecoense, marcando o retorno do público ao Beira Rio depois de 581 dias. O último jogo com torcedores, foi em 08 de março de 2020 pelo Gauchão. Uma grande espera e luta contra o vírus que parou o mundo e depois de tanto tempo dá sinais de retorno a normalidade.