A PANDEMIA E AS MUDANÇAS NO MUNDO – parte I

Colunista  Sílvia Patrícia Mann

Estamos vivendo um período muito difícil, delicado e estressante. De uma maneira ou de outra nossas vidas estão sendo impactadas pelo coronavírus, pela doença COVID-19.

Ainda é precipitado para falar em um futuro pós-pandemia e todas as consequências que ela trará, mas especialistas alertam que algumas mudanças podem ter caráter permanente, não retornaremos ao que, para nós, era visto como normal.

A vida das pessoas, em sua maioria, sofreu grandes mudanças. O indicado é permanecer em casa, mas sabemos que nem todos podem, há serviços que não podem parar e onde as pessoas trabalham com uma preocupação que poderá afetar suas saúdes, mesmo sem contrair a doença, as famílias estão convivendo mais. Quem tem filhos em idade escolar está tendo a necessidade de, sem preparo algum, desempenhar o papel de professores, e estes, sem preparo algum, estão se desdobrando em muitos para tentar suprir as aulas. E os alunos, de repente, se viram dentro de um mundo novo e muito complicado, as aulas programadas à distância.

Todos devem tentar manter a serenidade, pois ao final desse período talvez nos falte alguns conteúdos, mas vai nos sobrar conhecimento e maturidade para podermos aproveitar melhor a vida escolar e o contato direto entre a comunidade escolar.

As crianças e adolescentes sofrem com o afastamento de seus amigos, colegas e até de alguns familiares. Perderam a capacidade de aproveitar a liberdade que estavam acostumados, de repente, estão sentindo o que seria morar em uma cidade grande. No final, será que irão aproveitar a liberdade para brincar ao livre com os amigos ou permanecer em seus mundos voltados aos meios tecnológicos.

Adultos, principalmente os de mais idade, tiveram que reorganizar suas vidas, costumes e abandonar temporariamente hábitos que possuíam e lhes proporcionavam momentos de alegria.

No momento estamos começando a presenciar a crise financeira em esfera mundial, seja de ordem pessoal, empresarial, industrial, no comércio. E isso tende a piorar, pois estamos apenas começando a repensar nossos hábitos. Sem contar a grande crise que o setor agrícola já esta começando a sofrer devido à safra ter sido frustrada em termos de produção.

Na nossa região os pequenos empresários serão os primeiros a sentir, ou já estão sentindo, pois a maioria não possui reserva financeira, trabalha com seu próprio capital de giro. Muitos já estão cogitando a demissão de funcionários, se já o fizeram, e outros ainda, até o fechamento de seus estabelecimentos.

Empresas maiores, já começaram a demitir, pois as exportações caíram muito e não há como manter todos os contratados.

Os especialistas em marketing, os administradores, economistas alertam que as empresas devem se reinventar na crise. Sim, é uma necessidade se adaptar às mudanças, mas o que fazer se as pessoas não estão tendo recursos financeiros para comprar. A grande maioria está priorizando o básico e ainda assim, está difícil.

Agora, chegou a hora das pessoas reverem, também, onde gastam seu dinheiro quando fazem compras. É no comércio local ou vão aos municípios vizinhos para fazê-las? Comprar no comércio local, para, além de ajudar os nossos comerciantes a manterem seus negócios haja a captação fiscal e assim os impostos, revertam para nosso município, sendo aplicados em nosso benefício.

Claro que os donos dos comércios terão que atrair seus consumidores, pois a situação será difícil para todos e as pessoas irão procurar quem oferecer melhores opções .

Isso, é apenas uma pequena parte do caos que essa pandemia está causando. Muitos outros setores estão sofrendo com o distanciamento social, por tanto, seguiremos falando sobre o assunto nos próximos dias.