O cultivo da soja no Rio Grande do Sul segue em 99% da área prevista de 5,9 milhões de hectares. Em igual período do ano passado, e na média dos últimos cinco anos, os trabalhos já haviam sido finalizados. As lavouras, de maneira geral, estão se desenvolvendo um pouco mais lentamente que no ano passado, mostra levantamento da Emater-RS.
Das lavouras implantadas, 56% delas estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 34% em floração e 10% na fase de enchimento de grãos. Na mesma época do ano passado 50% estavam em desenvolvimento vegetativo, 37% em floração e 13% em enchimento de grãos.
Santa Rosa
A implantação da cultura alcançou 96% da área prevista para a safra. As fases da cultura são as seguintes: 74% em desenvolvimento vegetativo, 22% em floração e 4% em enchimento de grãos.
“Em parte das lavouras em desenvolvimento vegetativo, vem ocorrendo murchamento de folhas; naquelas mais adiantadas, tem havido aborto de flores nas primeiras camadas. Em solos mais rasos ocorre morte de plantas devido ao déficit hídrico”, afirma a entidade..
Para a Emater, em geral, o desenvolvimento das lavouras de soja ainda é satisfatório, ante à falta de umidade e às altas temperaturas ocorridas nas últimas duas semanas. “A permanência dessas condições do tempo pode resultar em perdas de produtividade”, diz.
Ijuí
Por lá, 68% das áreas encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 28% em floração e 4% em enchimento de grãos.
“A cultura foi bastante afetada pela estiagem nos Coredes Noroeste e Alto Jacuí, que comprometeu o desenvolvimento das lavouras plantadas em outubro. Os produtores retomaram as aplicações de fungicidas preventivamente. Há registros de ataque de ácaros e tripes”, conta a Emater.
Soledade
Segundo a Emater, as condições do tempo ainda não permitiram concluir os plantios previstos para a safra. As fases da cultura são: 82% em fase de desenvolvimento vegetativo, 15% em florescimento e 3% em enchimento de grãos.
“A boa notícia foi o volume de chuva na região (de 40 mm a 100 mm). Isso Amenizou parcialmente os reflexos da estiagem, principalmente na região do Baixo Vale do Rio Pardo, onde há registros de mortes de plântulas em lavouras com semeadura tardia”, afirma.
A entidade relata em seu relatório semanal que, em geral, fica evidente a recuperação as lavouras em desenvolvimento vegetativo que tiveram crescimento e desenvolvimento reduzido no período da estiagem.
Erechim
Por lá, 30% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 65% em floração e 5% em enchimento de grãos. As chuvas ocorridas no final de semana aliviaram os sintomas de estresse hídrico nas plantas, mas ainda são necessárias chuvas adicionais para amenizar as perdas que começam a aparecer.
Frederico Westphalen
A região está com 58% das lavouras em desenvolvimento vegetativo, 31% em floração, 9% em enchimento de grãos e 2% já entraram na fase de maturação. Com a volta das chuvas nos últimos dias, as lavouras dão sinais de recuperação, principalmente as semeadas a partir de novembro.
“Estima-se redução do potencial produtivo, que poderá se agravar caso não ocorram chuvas nos próximos dias. Até o momento, as áreas mais atingidas são aquelas de solos rasos”, afirma.
Passo Fundo
A região está com 85% das lavouras na fase de desenvolvimento vegetativo, 12% em florescimento e 3% em enchimento de grãos.
“A redução das precipitações dos últimos meses, associada às altas temperaturas, prejudicou o desenvolvimento da cultura, refletindo em menor estatura de plantas; com o retorno das chuvas no período, há indícios de restabelecimento da normalidade do ciclo da cultura”, diz a Emater.
Bagé
O plantio foi suspenso por falta de umidade do solo. Nas demais áreas de soja em que não houve germinação ou onde ocorreu mortalidade de plântulas, são realizados replantios, devido às condições favoráveis a partir das chuvas da semana.
“As cultivares de ciclo precoce estabelecidas na primeira semana de novembro estão em fase de floração, estágio durante o qual há elevada exigência de água pelas plantas; em condições ideais de aporte hídrico, não ocorrem nem aborto de flores e nem redução do porte”, diz o relatório.
Pelotas
A cultura da soja encontra-se predominantemente na fase de emergência e desenvolvimento vegetativo (72%); as outras fases são florescimento (20%) e enchimento de grãos (8%).
“As precipitações ocorridas na semana foram esparsas e distribuídas irregularmente em toda a região, com pancadas de chuva em algumas localidades e muito pouco em outras, gerando condições diferentes de recomposição da umidade nos solos e causando desuniformidade entre as lavouras”, afirma a Emater.
Santa Maria
Por lá, 85% das lavouras implantadas estão em germinação/desenvolvimento vegetativo, 10% em fase de floração e 5% em fase de enchimento de grão.
“As lavouras de soja que tiveram problemas de germinação ou morte de plântulas foram replantadas, o que ocasionou desuniformidade no estande de plantas e, consequentemente, diminuição do potencial produtivo inicial. As mais afetadas pelo déficit hídrico são as que se encontram nas fases de floração e de enchimento de grãos”, afirma.
FONTE: www.canalrural.com.br