O mês de setembro foi escolhido pela Associação Internacional de Prevenção do Suicídio para alertar sobre a importância de ações de prevenção. O objetivo da organização é dar destaque ao assunto, encarado por muitos como um tabu, e conscientizar a população.
O Brasil está entre os 28 países, de um universo de mais de 160 analisados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que possui estratégia de prevenção ao suicídio. O Ministério da Saúde, por meio da rede pública, oferece atenção integral em saúde para os casos de tentativa de suicídio.
Quem precisa de atendimento para transtornos mentais no Sistema Único de Saúde (SUS) pode contar com os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Atualmente, o país possui 2.241 unidades em funcionamento. Nesses estabelecimentos, o paciente recebe atendimento próximo da família, assistência médica especializada e todo o cuidado terapêutico conforme o seu quadro de saúde. Quando recomendado pelo médico, o SUS disponibiliza gratuitamente medicamentos que podem auxiliar no tratamento dos pacientes.
Entre os fatores de risco associados com o suicídio estão transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões como isolamento social, desemprego, migrantes; questões psicológicas, como perdas recentes, dinâmica familiar; e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica e câncer.
Sinais no cotidiano podem mostrar à família que a pessoa planeja ou pensa na possiblidade de suicídio. A maioria das pessoas com ideias de morte comunica seus pensamentos e intenções suicidas. Elas, frequentemente, dão sinais e fazem comentários sobre “querer morrer”, “sentimento de não valer pra nada”, e assim por diante. Tykanori alerta que comportamentos considerados como de despedida podem ser percebidos antes da tentativa de suicídio. “De repente a pessoa começa a se desfazer de coisas, dizer que não vai fazer mais certas atividades. Sinais que a pessoa está encerrando sua agenda, por exemplo. Em geral este tipo de comportamento é considerado de alto risco. Independente de a pessoa estar deprimida ou ter um histórico de transtorno mental”.
Por isso, é importante que a família fique atenta aos comportamentos de alerta. Por trás deles estão os sentimentos de pessoas que podem estar pensando em suicídio. São quatro os sentimentos principais de quem pensa em se matar. Todos começam com “D”: depressão, desesperança, desamparo e desespero (regra dos 4D). Caso note alguém com este comportamento, a ajuda pode começar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que é a porta de entrada para os usuários do SUS. Se necessário, o paciente será encaminhado a um serviço de atenção especializada.
É importante falar !!!!